segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

14.° Dia - Sarmiento (Chubut) - Bariloche - 693 km

Onde estamos...




Visão Piloto

Hoje acordamos cedo pois sabiamos que o dia seria longo. Pelo que havíamos pesquisado, a estrada perto de Bariloche era repleta de curvas sinuosas, além de apresentar paisagem maravilhosa, o que nos tomaria tempo nas paradas para fotografias.

Não havíamaos antecipado que no percurso entre Sarmiento e Esquiel haveria um longo trecho de rípio. Nos deparamos com um desvio de cerca de 30 km de um rípio terrível. Pedras grandes e em e meio a um solo extremamente arenoso e fofo em determinados momentos. Para manter a segurança, perdemos bastante tempo nesse trecho.

Para piorar, ficamos quase 1 hora na fila do posto de gasolina perto de Esquel. Era o único posto em mais de 250 km. Essa falta de gasolina nos grotões da Argentina é de matar!

Passado o município de Esquel, começou a Serra Andina que dá acesso à Bariloche. Paisagem esplêndida unida à um clima muito agradável. O único problema foi o trânsito, que estava bastante intenso na chegada. Muitos Argentinos aproveitam o verão para a prática de rafting nas quedas d´água dos lagos andinos. Além do mais, famílias imensas descem a serra para aproveitar o verão da região, que tem temperatura amena e céu aberto.

Falando na cidade, mais parece Brasiloche. Nós brasileiros estamos tomando conta dos pontos turísticos de los Hermanos. Há brasileiros em tudo quanto é lugar! Até mesmo na economia. A presença da  Petrobras é forte aqui. No sul da Argentina há diversas estações de extração de gás e petróleo com  refinarias e postos de gasolina espalhados por todo território hermano.

Ontem foi até engraçado o que comentou um argentino, quando estava na fila para abastecer em um posto da Petro. Após alguma conversa comentou que eu havia escolhido o posto certo: ´brasileirinho´...Os frentistas usam roupas bem carnavalescas, em verde e amarelo. O uniforme parece fazer questão de marcar presença da forte aliança entre os governos brasileiro/argentino no âmbito do Mercosul.

Infelizmente a economia dos nossos Hermanos não anda bem das pernas. Em Bariloche há sinais claros da economia real tentando boicotar a moeda argentina. Comerciantes pagam uma taxa de câmbio bem mais atrativa que a oficial.

Ao caminhar pelas ruas de Bariloche, rapazes pagos por comerciantes chamam a atenção dos turistas dizendo: Cambio señor!.. Aca tenemos tajas mejores!!

Te levam para dentro de alguma loja, onde o dono oferece 1 dólar a 9 pesos, sendo que a taxa oficial está 1 para  6,5. A Argentina está naquele momento onde a confiança na moeda já está baixa  e, até mesmo os comerciantes mais simplórios, começam a fazer suas poupanças em moeda estrangeira para evitar o efeito inflação. Vale qualquer moeda- real ou dolar.

Enfim, espero que o governo consiga tirar a economia dessa situação de alta inflação.

Depois de algumas badaladas pela cidade, voltamos ao restaurante do hotel para apreciar um bom ravioli, regado à um exemplar da Bodega del Fin del Mundo.

Visão Garupa

Nosso sacríficio do dia anterior (1.150km), serviu para alguma coisa: adiantar nossa viagem para San Carlos de Bariloche.

Então, acordamos um pouco mais tarde - afinal estavamos super cansados - tomamos nosso café, arrumamos nossas coisas e, estrada.

A saída de Sarmiento até que foi tranquila, o problema que de repente nos deparamos com um trecho de rípio na fomosa Ruta 40 - Ruta Patagonica.

Um trecho que até então não era de nosso conhecimento de rípio.

Isso é claro, retarda um pouco a viagem, causa um friozinho na barriga e uma tensão no piloto.

Claro que um piloto experiente vai com calma no trecho de rípio, mas por diversas vezes aquelas pedras e aquela areia fofa, dá um susto e sacoleja a moto de um jeito!!! Parece que a gente vai cair!!!Por duas vezes tive essa impressão, mas por sorte nada aconteceu!

Bem, passado o trecho de rípio foi só estrada. Uma estrada mais cheia, mas só estrada!

O caminho até Bariloche é muito bonito e agradável. Sentimos a temperatura subir, a paisagem mudar, surgir mais mata, mais verde, coisa que não estavámos vendo já um tempo.

E curvas, muitas curvas. Em nossas andanças teve uma cidade que me apaixonei: El Bolsón. Nossa, muito bonitinha, com bastante turistas, atividades, venda de frutas (cerejas e framboesas) pela estrada. Uma graça.

Parece ser um destino turistico bem procurado pelos argentinos.

Passada a cidade, vinha Bariloche. A estrada era muito bonita, com muitas curvas e, vista para o lago nahuel hapi.

Contudo, a chegada para a cidade é meio confusa. Não sei se era pelo trânsito, pela falta de sinalização, mas foi meio complicado nos localizarmos e, como não tinhamos anotado hotel no GPS ficou um pouco mais dificil. Ficamos rodando pelo centro em busca de um lugar para ficar.

Por sorte achamos um local bem localizado, com estacionamento - imprescindivel para a moto.

Como os dias terminam tarde aqui, deu para dar uma volta, conhecer a cidade, tirar algumas fotos, jantar e tomar um bom vinho, porque nós merecemos.

Amanhã, começará nossa jornada para a volta para casa e nossa despedida definitiva da Patagônia Argentina.







 Centro de Bariloche




















Restaurante do Hotel - Experimentando um Cabernet Savignon da Bodega Fin del Mundo. 





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